Hyundai HB20 1.6 2013: impressões
O “hatch” HB20 usa o mesmo estilo que a Hyundai espalhou em toda a sua gama: a “escultura fluida”. O conjunto agrada bastante, ainda mais por oferecer requinte num segmento de entrada, algo incomum. Os faróis esguios, a linha de cintura ascendente e os diversos vincos na carroceria dão o destaque. O desenho interior do “hatch” da Hyundai agrada desde o primeiro momento. A escolha dos materiais agradam principalmente na parte central do painel. Na área que circunda os comandos do ar-condicionado e do rádio, o plástico tem boa textura.
Como todo compacto, o HB20 foi feito para levar quatro adultos com conforto. Um quinto fica desajeitado no centro do assento traseiro. Não que sobre, mas adultos de mais de 1,80 m se acomodam com relativo espaço na traseira. Na frente, há espaço suficiente em todas as direções. Mas a escolha por uma suspensão mais rígida sacrifica levemente o conforto na hora de passar em buracos. O painel de instrumentos tem é de fácil visualização. O volante tem boa empunhadura e os bancos são confortáveis. É simples encontrar a posição de dirigir, graças aos ajustes de altura e profundidade da coluna de direção e do assento do motorista. O câmbio tem excelentes engates, precisos e justos.
Entre os pontos negativos, estão o botão do computador de bordo, “esquecido” no meio do painel, e o rádio demasiadamente simples para o preço do carro. Bem que ele merecia um rádio melhor. No interior do HB20 existem boas soluções, como o porta-objetos que abriga as entradas USB e Aux do rádio, com cobertura à frente da alavanca do câmbio. O espaço interno é bom. Mas quem vai atrás se sente afundado. A sensação é causada pela linha de cintura alta do carro e a pequena área envidraçada. O porta-malas com 300 litros está no nível da concorrência.
Graças a boa relação peso/potência o HB20 tem desempenho praticamente esportivo. Com 128 cv de potência e 1.027 kg, o Hyundai tem 8,02 kg/cv – superior a um Peugeot 408 THP e seu motor turbo. O motor de 1.6 litro dá e sobra para o movimentar o compacto da Hyundai. Basta pisar fundo que o “hatch” responde. Mas seu desempenho entre 2 mil e 2.500 giros, o propulsor é ligeiramente “preguiçoso”. Mesmo assim, de zero a 100 km/h é feito em 9,3 segundos, podendo (de acordo com a fabricante), chegar a velocidade máxima de 188 km/h. A direção é direta e tem peso certo para manobrar o carro sem dificuldades. A visibilidade é boa apesar dos pequenos vidros laterais. Os comandos “vitais” do carro ficam à mão.
Mas embora o HB20 seja um carro “durinho”, o carro mostrou-se bem equilibrado nas curvas e é dos mais agradáveis de guiar. O câmbio tem excelentes engates, precisos e justos. Os pneus 185/60 em rodas de 15 polegadas dão boa aderência para o carro. Mas acima dos 120 km/h deixam o carro flutuar ligeiramente. Isto porque, às vezes exigimos demais do carro, esquecendo que ele não é um esportivo.
De acordo com o InMetro o HB20 faz média de 11,6 km/l de gasolina na cidade e 12,7 km/l na estrada. Com etanol, a conta cai para 7,6 km/l no uso urbano e 8,7 km/l nas rodovias. Marcas que não conseguimos igualar, mesmo porque cada um dirige de forma diferente. A versão avaliada pelo Automania era a topo de linha, equipada com “airbag” duplo, ABS, rádio, ar-condicionado e direção hidráulica. O HB20 está um pouco acima da média de preços do segmento.
Na versão topo de linha, a avaliada Premium, o Hyundai vai a R$ 44.995,00. Resumindo: o Hyundai HB20 é um compacto com desempenho quase esportivo (graças ao motor 1.6 de 128 cv), “design” de linhas atraentes e tecnologia de ultima geração. E por isso existem filas de espera nas concessionárias.
Ficha técnica – Hyundai HB20
Motor: Dianteiro, transversal, 1.591 cm³, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, comando duplo no cabeçote e comando variável de válvulas na admissão. Flex: gasolina e etanol. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica multiponto seqüencial.
Transmissão: Manual de cinco velocidades à frente e uma a ré. Tração dianteira. Não possui controle de tração.
Potência máxima: 128 cv e 122 cv a 6 mil rpm com etanol e gasolina.
Torque máximo: 16,5 kgfm e 16,0 kgfm a 4.500 rpm com etanol e gasolina.
Diâmetro e curso: 77,0 mm x 85,4 mm. Taxa de compressão: 10,5:1.
Suspensão: Dianteira independente do tipo McPherson, com molas helicoidais, amortecedores telescópicos pressurizados e barra estabilizadora. Traseira semi-independente por eixo de torção, barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores. Não possui controle de estabilidade.
Pneus: 185/60 R15.
Freios: Discos ventilados na frente e tambores atrás. Oferece ABS com EBD.
Carroceria: Hatch em monobloco com quatro portas e cinco lugares. Com 3,90 metros de comprimento, 1,68 m de largura, 1,47 m de altura e 2,50 m de distância entre-eixos. Airbag duplo frontal de série.
Itens de série: Ar-condicionado, direção hidráulica, airbags frontais, limpador do vidro traseiro, freios ABS com EBD, vidros elétricos nas quatro portas, chave canivete, desembaçador traseiro, faróis de neblina, coluna de direção regulável, retrovisores elétricos, rádio CD/MP3/USB/Aux/iPod com comandos no volante, rodas de liga em 15 polegadas, sensores crepuscular e de estacionamento, rodas de liga em 15 polegadas e volante revestido em couro.
Peso: 1.027 kg.
Capacidade do porta-malas: 300 litros.
Tanque de combustível: 50 litros.
Produção: Piracicaba, São Paulo.
Lançamento no Brasil: 2012.
Preço da versão avaliada: R$ 44.995,00.
