Fiat Fiorino: simples e eficiente

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Postado 1 de março de 2014 por bisponeto em
Há 14 anos com a Strada, a Fiat lidera o setor de picapes compactas. De fato, a Fiat é autoridade quando o assunto é o segmento de comerciais leves. Criado em 1980, o modelo registra mais de um milhão de unidades produzidas. Em 2013, a Fiat reinou absoluta entre os furgões pequenos com média de pouco mais de mil emplacamentos/mês.

No segmento de furgões, quem dá as cartas há 23 anos é a Fiorino. Mas em dezembro do último ano, a Fiat foi obrigada a renovar sua oferta devido à obrigatoriedade de “airbag” duplo e freios ABS, que retirou de linha o velho Mille, até então modelo-base da Fiorino. Assim a Fiat foi obrigada a criar a terceira geração do utilitário, usando como base o novo Uno. Visualmente, a nova Fiorino lembra dois carros da Fiat. O modelo recebeu linhas mais fluidas e arredondadas, similares às do novo Uno. E atrás, o baú compartilha as lanternas da Dòblo.

Com a nova base, as dimensões foram alteradas. Ficou 200 mm mais comprido, 21 mm mais largo e 27 mm mais alto, com um entre-eixos 140 mm maior. O aumento de tamanho e a nova suspensão permitiram crescer a capacidade de carga para os 650 kg , contra 620 kg anteriores. O novo “design” retirou 100 litros da capacidade volumétrica do compartimento de carga da Fiorino, que caiu para 3.100 litros. A nova Fiorino suporta mais peso, mas oferece um volume ligeiramente menor.

Para executar o trabalho do dia a dia com facilidade, as portas do compartimento de carga assimétricas têm abertura de 180° e em dois estágios. E a maçaneta da porta foi posicionada verticalmente para um melhor manuseio. A fabricante italiana ainda oferece (como opcional) portas traseiras envidraçadas. De série, o novo Fiorino vem com forração integral do assoalho de vão de carga, recobrimentos laterais parciais de plástico, luz do vão de carga com três posições de funcionamento e ganchos para a fixação.

A Fiorino também ganhou um motor 1.4 Evo, que substitui o anterior 1.3 litro flex de 70/71 cv e 11,4/11,6 kgfm de torque. Agora, o propulsor bicombustível é capaz de produzir 85 cvde potência a 5.500 rpm e 12,4 kgfm a 2.500 giros com gasolina e 88 cv/12,5 kgfm com etanol no tanque. O gerenciamento da potência é sempre feito pela transmissão manual de cinco velocidades.

IMPRESSÕES

Veículos feitos essencialmente para o trabalho pesado, geralmente, trazem a maior simplicidade possível. E a nova Fiorino não foge à regra. Tudo é muito prático, básico e funcional, o que e não impressiona ninguém. Mesmo no caso da versão avaliada, equipada com tudo que a Fiorino tem a oferecer, o que não inclui retrovisor interno, uma vez que o modelo tem visão traseira nula. A não ser por isso, a sensação é de estar em um Uno, pois o painel, botões e instrumentos são do modelo-base.

Embora a Fiorino não traga equipamentos de conforto de série, a carga é bem tratada. Há forração no assoalho e luz em três posições na área de carga, recobrimentos laterais parciais de plástico e ganchos para a fixação. Comodidades para quem vai passar boa parte do seu dia dentro do carro, como ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas, computador de bordo, rádio com MP3, sensor de estacionamento e volante com regulagem de altura são opcionais. A versão avaliada incluía todos.

Seu motor 1.4 litro não tem grandes problemas para movimentar o furgão, mas às vezes acusa o peso, pois tem 168 kg a mais que o Uno 1.4. Mas nada que preocupe tanto quanto a ausência do retrovisor interno, a qual demoramos um pouco para nos acostumar, e passar a usar com freqüência (e obrigatoriamente) os bem dimensionados retrovisores laterais. Nas retomadas, muitas vezes é preciso se recorrer ao câmbio. A suspensão dianteira é correta e a traseira, mesmo com feixes de molas – derivada da Strada –, preserva o conteúdo da Fiorino. O comportamento do carro carregado muda, mas ele continua estável e consegue desenvolver bem. A diferença é percebida, principalmente, nos arranques e nas freadas.

Mas para fazer entregas em grandes cidades onde se encontra muita dificuldade de estacionar, o novo Fiorino seria uma mão na roda, e a direção hidráulica facilita as manobras. Mas a Fiat pecou na visibilidade. E fazer algumas manobras de ré é um martírio, mesmo com o sensor de estacionamento opcional (R$ 640,00), que ajuda bastante, mas não resolve o problema. Rodando apenas em trajeto urbano, o furgão da Fiat fez 6,0 km por litro. Na avaliação do Instituto Nacional de Pesos e Medidas (Inmetro), o Fiorino 2014 ganhou nota “A” em consumo de combustível. Como veículo de trabalho, o novo Fiorino ficou bom de dirigir: desenvolve boa velocidade no trânsito e mostra adequada retomada de aceleração. Enfim, o novo Fiorino é um veículo de carga parecido com um carro de passeio.

 

Ficha técnicaFiat Fiorino 1.4

Motor: A gasolina e etanol, dianteiro, transversal, 1.368 cm³, com quatro cilindros em linha, duas válvulas por cilindro e comando simples no cabeçote. Acelerador eletrônico e injeção eletrônica;
Transmissão: Tração dianteira.  Câmbio manual de cinco marchas à frente e uma a ré;
Potência: 85/88 cv com gasolina e etanol a 5.750 mil RPM;
Aceleração 0-100 km/h: 12,4/11,9 s com gasolina e etanol;
Máxima: 157/158 km/h com gasolina e etanol;
Torque máximo: 12,4 kgfm/12,5 kgfm com gasolina e etanol a 3.500 rpm;
Diâmetro e curso: 72,0 mm X 84,0 mm. Taxa de compressão: 12,3:1;
Transmissão: Câmbio manual com cinco marchas à frente e uma a ré; Tração dianteira: Não oferece controle de tração;
Suspensão: Dianteira do tipo McPherson com braços oscilantes inferiores transversais e barra estabilizadora. Traseira com mola parabólica longitudinal e eixo rígido tipo Ômega;
Freios: Discos na frente e tambor atrás com ABS;
Carroceria: Furgão em monobloco com duas portas e dois lugares. Com 4,38 metros de comprimento, 1,64 m de largura, 1,90 m de altura e 2,71 m de distância entre-eixos. Tem “airbag” duplo;
Peso: 1.118 kg;
Pneus: 175/70 R14;
Capacidade do baú: 3.100 litros;
Capacidade de carga: 650 kg;
Tanque de combustível: 58 litros;
Itens de série: Ganchos de fixação de carga, porta-objetos no teto, iluminação e cobertura do assoalho do compartimento de carga;
Preço versão básica: R$ 39.820,00;
Opcionais: Ar-condicionado, direção hidráulica, vidros e travas elétricas, computador de bordo, calotas, faróis de neblina, conta-giros, banco do motorista com regulagem de altura, portas traseiras com vidros, retrovisores externos com comando interno, sensores de estacionamento, rádio USB/MP3, parachoques na cor do carro, volante com regulagem de altura e pintura metálica;
Preço versão completa: R$ 44.684,00;

Produção: Betim, Minas Gerais.

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