Citroën C4 Cactus tem “para-choque de ar”

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Postado 8 de fevereiro de 2014 por bisponeto em
Nesta quarta-feira (5 de fevereiro), a montadora francesa Citroën divulgou as primeiras imagens do C4 Cactus, versão de produção do protótipo Cactus Concept, apresentado em setembro de 2013 no último Salão de Frankfurt.

A data foi escolhida por ser o dia de nascimento de André Citroën, engenheiro francês fundador do grupo Citroën, nascido em 1878. Produzidas por computador, as imagens mostram que pouca coisa vai mudar entre o conceito e o modelo real, que será apresentado oficialmente no próximo Salão de Genebra, em março. Misturando elementos de “hatchback” e de monovolume, o carro deve ser mais um a figurar na galeria de inovações de “design” da Citroën: como ocorreu com os modelos 2CV, Traction Avant, DS original, SM e com o Xsara Picasso, entre outros, o C4 Cactus pode ser classificado como esquisito, ainda que traga boa dose de pioneirismo.

PARA-CHOQUE DE AR

Fabricado sobre a nova base modular média do grupo francês PSA (Peugeot Citroën), a EMP2 (sigla para plataforma modular eficiente), o C4 Cactus está para o C4 hatch europeu atual (não comercializado no Brasil), assim como o C3 Picasso está para o C3. O C4 Cactus tem 4,16 metros de comprimento, 2,60 m de espaço entre-eixos (exatamente o mesmo do hatch europeu e 11 centímetros mais apertado que o do sedã C4 Lounge vendido no Brasil), 1,73 m de largura e apenas 1,48 m de altura.  No porta-malas, 358 litros. Seu visual segue a identidade apresentada pela nova geração de C4 Picasso e Grand C4 Picasso.

Sua frente alta e bicuda traz conjunto dividido em dois andares, com LEDs e luzes de posição na “cobertura”, alinhados ao capô, com setas e fachos principais posicionados em outro conjunto, mais abaixo. No “térreo”, em nichos na base do pára-choque, estão as luzes de neblina. A traseira, mais retilínea, usa lanternas de LED com efeito tridimensional.

O paradigma do C4 Cactus, porém, está na cobertura chamada de “airbump”: adereços plásticos aplicados nos pára-choques e laterais são formados por conjuntos de bolhas de ar, que têm a mesma função dos tradicionais “borrachões”: proteger o carro em pequenos impactos e batidas leves. A diferença está na reposição: no reparo, basta trocar a bolha de ar danificada, não à tira toda, nem o painel da porta ou pára-choque. De acordo com  a Citroën, o “airbump” ainda serve como elemento decorativo, que tem cor complementar à pintura da carroceria.

NOVA FAMÍLIA

O estilo Cactus deve dar origem a uma nova família dentro da Citrën, a exemplo da família Picasso. Ter sobrenome Cactus significa que, além dos pára-choques com bolhas de ar, o modelo segue uma linha mais ambientalmente correta, com uso de materiais reciclados no revestimento e de motores mais eficientes. Os bancos seguem o padrão “sofá”, recorrente na escola francesa, textura e cores do revestimento interior lembram o material de malas de viagem. Seu teto solar panorâmico foi herdado do C4 Picasso. Como no Peugeot 308 europeu, duas telas digitais fazem às vezes de painel de instrumentos e central multimídia e de configuração. Elas não precisam ser posicionadas acima do volante, porém.

Novidades também no trem-de-força, que usa câmbio automatizado de seis marchas (ETG6) sem alavanca de câmbio: três botões selecionam as posições (D de drive, R de ré e N de ponto motor/neutro), enquanto trocas manuais podem ser feitas em aletas atrás do volante de base achatada. Os botões de partida e acionamento de faróis existentes no conceito, e que ficavam abaixo do volante, foram substituídos por alavancas em posições convencionais. Os itens de segurança seguem o padrão atual, com múltiplas bolsas de ar (o “airbag” do carona não sai do painel, mas do teto, aumentando espaço no porta-luvas), controle de estabilidade, de frenagem e até estacionamento automático.

De acordo com a Citroen, os motores serão de duas novas famílias. O EB Pure Tech é a derivação de três cilindros e 1,2 litro do motor a gasolina com turbo e injeção direta (THP) desenvolvido em conjunto com a BMW. Apesar do tamanho reduzido, é capaz de gerar potência entre 110 e 132 cv de potência. E o Blue HDi, a diesel, gera de 118 a 150 cv de potência. O foco das duas linhas está na economia de consumo e baixa emissão de poluentes. Havia previsão, durante o Salão de Frankfurt, do uso também de motor híbrido a ar, mas a Citröen ainda não confirmou esta informação para o carro real.

Tudo muda. O mundo muda e as expectativas dos consumidores estão sempre evoluindo mais rápido. E o automóvel? A Citroen responde às questões de hoje propondo uma verdadeira alternativa aos sedãs compactos: o Citroen C4 Cactus, carro que estabelece as bases de uma nova promessa automobilística.

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