Vendas de importados caem 33,5%

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Postado 13 de dezembro de 2012 por bisponeto em
Nesta quarta-feira (12/12) a Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) informou que o mês de novembro registrou o pior resultado de 2012 na venda de veículos importados.

De acordo com a entidade, foram emplacadas no mês anterior 8.137 unidades, o que significa uma queda de 9,9% em relação a outubro (com 9.032 unidades). Alarmante foi o recuo na comparação com o mesmo período do ano passado, de 46,1%. Em novembro de 2011 foram vendidos 15.098. Trata-se da décima queda consecutiva do ano. Em relação ao acumulado do ano, foram comercializados até novembro 119.896 veículos, contra 180.215 de janeiro a novembro de 2011 – o que equivale a uma queda de 33,5%.

Os números da Abeiva contabilizam apenas as importações de marcas que não possuem fábricas no País. “A situação requer uma ação urgente por parte do governo, pois até o momento, os importadores sequer foram beneficiados com a cota de 4.800 veículos sem os 30 pontos de aumento do IPI. Nossos associados estão encontrando dificuldades na aprovação da utilização da cota de 2012”, afirma o presidente da associação, Flavio Padovan.

A cota a que o executivo, que também é presidente da Jaguar Land Rover do Brasil, se refere é prevista no novo regime automotivo, conjunto de regras do governo para montadoras e importadoras, que valerá entre o ano que vem e 2017. Acredita Padovan, que as empresas terão um limite de até 4.800 carros que poderão ser trazidos de outros países a cada ano sem o aumento de 30 pontos percentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que incide sobre todos os carros. Há outras regras que permitem que montadoras instaladas no país escapem do aumento para os veículos fabricados aqui.

Para ter acesso a essa cota, é preciso que a empresa se habilite e seja aprovada pelo governo, ação para a qual Padovan diz existir dificuldades para importadoras. Na prática, o aumento do IPI, determinado há 1 ano, antes mesmo da definição do regime automotivo, pegou em cheio as empresas que apenas importam carros. Desde que o IPI mais alto começou a valer, em setembro do ano passado, havia regras que isentavam as marcas que fabricam carros no País do aumento, benefício estendido também aos veículos trazidos do México e do Mercosul -mercados que atendem a essas montadoras instaladas no Brasil. A alta do IPI valeu, então, para carros que vêm da Europa, Coréia do Sul e China. Assim, foram prejudicadas principalmente marcas que tinham maior volume de importações, como a chinesa Jac Motors (que decidiu instalar uma fábrica na Bahia).

Então para 2013, sob as novas regras do regime automotivo, a entidade espera uma média mensal de 12.500 unidades e um aumento de 17% nas importações sobre este ano. “A alta de 17% que esperamos para 2013 sobre 2012 não parece tão boa quando a comparamos com os 25% de queda ante 2011”. A Abeiva acredita que o desempenho de dezembro será semelhante ao de novembro: “Venderemos entre 8 e 9 mil unidades. Não vai passar disso”, estima Padovan.

 

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