Lançamentos que marcaram 2012

Novo Ecosport

O novo EcoSport é UM veículo pioneiro da moda “aventureiro urbano”. O modelo surgiu em 2002 como uma opção acessível de SUV, tanto em preço quanto no porte. Por isso fez sucesso, emplacando mais de 700.000 unidades desde sua estréia.  “O novo EcoSport estabelece um novo padrão de qualidade para a categoria e também para indústria brasileira”, disse Marcio Alfonso, diretor de engenharia da Ford, durante a apresentação técnica do carro à imprensa.

A segunda geração do jipinho da Ford desponta como um dos carros mais modernos já fabricados na história da indústria brasileira. O EcoSport 2013 é o primeiro carro fabricado no Brasil que traz de fábrica, uma lista de equipamentos de série digna de uma BMW ou M-Benz. Ele vem com “airbags”, freios ABS, controles eletrônicos de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas e declives e até o sistema de entretenimento SYNC da Microsoft, com rádio CD-player, conexão Bluetooth para celular, entrada USB para iPod e auxiliar, tela de 3,5 polegadas e comandos de voz em português, espanhol e inglês. Ele não é perfeito, mas encanta o consumidor.

Hyundai HB20

Depois de anos observando seus carros sendo importados e comercializados pelo Grupo CAOA, a fabricante sul-coreana resolveu entrar no mercado brasileiro de vez com o compacto HB20. Uma das principais razões para sucesso instantâneo do HB20 é exatamente o seu design. Ele utiliza a mesma identidade visual dos outros modelos da marca, com a chamada “escultura fluida”. O HB20 usa uma plataforma moderna, que teve alguns componentes adaptados especialmente para o Brasil. O conjunto agrada bastante. Ainda mais por emprestar requinte num segmento de entrada, algo incomum. Os faróis esguios, a linha de cintura ascendente e os diversos vincos na carroceria dão o tom.

O HB20 está um pouco acima da média de preços do segmento. Na versão topo de linha, Premium, o Hyundai chega a R$ 44.995. Resumindo: o HB20 é um compacto atraente, com desempenho convincente do motor 1.6 de 128 cv de potência, “design” inspirado e com recheio moderno.

Chevrolet Onix

O Onix tem tudo para virar a primeira opção em “hatch” compacto na Chevrolet. O problema é que os concorrentes que estão chegando – como o HB20 e o Etios – podem tirar um pouco do brilho da “pedra preciosa” da GMB. Com um design esguio, dirigibilidade aguçada e novidades tecnológicas como o sistema MyLink, o Onix rejuvenesceu a marca no País. A frente curta e alta e o pára-brisa inclinado o deixaram quase como um monovolume. A lateral tem linha de cintura elevada e a traseira, um perfil empinado. É um carro que se impõe nas ruas.

Andamos com o Onix 1.4 por trechos rodoviários e a sensação de dirigi-lo foi positiva. O Onix é preciso e ágil nas respostas. E seu motor deu conta do recado em retomadas e rodando em piso plano. Em trechos de subidas de serra, faltou um pouco de torque, mas nada que preocupe. Se vender o que promete, o carrinho da GMB pode colocar a Chevrolet num patamar próximo ao de Volkswagen e Fiat, as montadoras que mais vendem carros no mercado brasileiro. Informa a montadora da gravatinha dourada, que a versão sedã que chega no início de 2013.

Grand Siena

A Fiat mostrou este ano o seu novo sedã “médio”, o Grand Siena. O nome exalta as mudanças feitas pelo Centro de Design da marca, na Itália. Trata-se de um dos carros mais importantes vendidos pela fabricante italiana no Brasil e que carrega uma série de histórias desde 1997. Embora tecnicamente ainda seja um compacto, o modelo pode tranquilamente, incomodar sedãs maiores. São duas versões, Attractive (R$ 38.710) e Essence (R$ 43.470,00), e três tipos de motores, 1.4 Tetrafuel (R$ 48.210,00), 1.4 Evo e 1.6 16V E.torQ, sendo o último com opção de câmbio Dualogic (R$ 45.990,00).

Os chamados sedãs compactos não são mais aqueles carros acessíveis voltados para quem procurava economia e espaço. Eles estão ficando cada vez mais caros e sofisticados. Mas se o dinheiro não é tudo, um Grand Siena Essence manual é hoje uma boa escolha do segmento.

Toyota Etios

O compacto da Toyota não é um modelo que empolgue à primeira vista. Por fora, o visual não chega a ser atraente pela simplicidade. Suas linhas não denotam arrojo, são um tanto conservadoras. Na dianteira, o “design” curvo da grade, que parece um sorriso, combinado com a abertura do pára-choque, que se estende para a parte inferior do veículo, lembra imediatamente que o modelo é um Toyota.

A posição de dirigir do sedã é boa. Os comandos ficam bem posicionados. O sedã têm sob o capô um motor 1.5 16V flexível, que entrega 92 cv a 3.600 rpm com gasolina e 96,5 cv a 3.600 rpm com etanol. O torque é o mesmo para os dois combustíveis: 13,9 kgfm a 3.100 rpm. E de acordo com a montadora, o três-volumes vai da imobilidade aos 100 km/h em 11,3 segundos com o combustível de origem vegetal e em 11,8 segundos com gasolina. O porta-malas também agrada, com capacidade para 562 litros de bagagem. Talvez seja o Etios um carro da Toyota para o povão. Mas gosto não se discute.