Fiat comemora 35 anos de Uno no Brasil

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Postado 30 de agosto de 2019 por bisponeto em
Tudo começou em agosto de 1984, quando foi apresentado para o mercado brasileiro um novo conceito mundial de automóvel, um veículo revolucionário e que cairia no gosto popular: o Fiat Uno. “Pequeno por fora e grande por dentro”, o modelo da Fiat se transformou em um ícone ao garantir grande espaço interno em um tamanho compacto. Em pouco tempo conquistou o público. O sucesso foi tanto que o modelo se mantém na linha Fiat até hoje, 35 anos depois.  São poucos os veículos que conseguem sobreviver a tantos anos na indústria automobilística e o Fiat Uno reúne um legado que transpassa gerações sempre evoluindo.

Desenhado por Giorgetto Giugiaro, o modelo foi lançado um ano antes na Itália e logo depois chegou à versão adaptada aos usos e costumes tropicais. Mais resistente ao uso severo, às nossas estradas e ruas e com o porta malas maior, recebeu elogios até mesmo dos italianos. O sucesso da versão brasileira foi tanto, que mais tarde o modelo começou a ser exportado até mesmo para o seu país de nascimento.

Desde então, o Fiat Uno se manteve como um grande sucesso de vendas e crítica. Recebeu mais de 20 prêmios. Já em seu primeiro ano de mercado recebeu o título de Carro do Ano pela revista AutoEsporte, fato que se repetiu em 1992. Com a sua segunda geração, venceu a premiação em 2011, inclusive por voto popular.

Até julho de 2019, foram produzidas cerca de 4 milhões de unidades do Fiat Uno no Polo Automotivo Fiat, em Betim (MG). Ele foi o modelo mais vendido da marca até hoje. Além de ser comercializado no Brasil, o Fiat Uno ainda é exportado para Argentina, México, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Chile, Uruguai, Bolívia e Peru.

Inovação e pioneirismo em um modelo único

Um. Único. Singular. Individual. Assim o dicionário define a palavra “Uno”. Pioneirismo é uma palavra que sempre acompanhou o modelo. Precursor do carro popular como conhecemos atualmente, ele sempre honrou a tradição de inovação e agilidade da Fiat ao ser protagonista de momentos importantes de ineditismo da história da indústria automobilística. Ele foi o primeiro carro mundial da marca a ser comercializado no Brasil, o pioneiro no segmento de carro 1.000, primeiro carro turbo fabricado em série no país e o número 1 no gosto dos brasileiros por muito anos.

Relembre a trajetória do nosso revolucionário lendário desde que chegou ao mercado até os dias de hoje.

1984 –  A primeira linha brasileira

Com o slogan “De tempos em tempos o homem produz uma obra de gênio”, o Fiat Uno foi lançado no Brasil. Com motores 1.050 a gasolina e 1300, a primeira gama contava com três versões: a de entrada S (Super), a mais luxuosa CS (Confort Super) e a esportiva SX (Sport Experimental), em que o motor 1.300 tinha o carburador de corpo duplo para maior potência (71,4 cv com gasolina e 70 cv com etanol). Seu painel tinha instrumentos adicionais – conta giros e manômetro de óleo – e havia faróis de longo alcance no para-choque, dotado de discreto defletor.

Mas era na forma que o Uno se destacava, devido às suas linhas modernas para a época e a aerodinâmica eficiente. Foi destaque também pelo bom desempenho e economia de combustível, além de contar com carroceria alta e angulosa que proporcionava aproveitamento máximo do espaço interno.  Os grandes vidros traziam ampla visibilidade e, pela primeira vez no Brasil, o limpador de para-brisa usava um só braço. No interior, o modelo trazia soluções inteligentes como o curso dos bancos dianteiros e o painel com satélites, que permitiam que as funções de iluminação e limpador de para-brisa fossem operadas com as mãos no volante. Tudo isso tornava o Uno o automóvel brasileiro mais moderno da época.

1985 –  A família começava a aumentar

Não demorou para a família derivada do Uno crescer. Já em 1985 era lançado o modelo de três volumes Prêmio. Mais tarde a perua Elba (1986) e o furgão e a picape Fiorino (1988), também se tornaram membros da família, baseados no primogênito Uno.  O lançamento do motor Sevel de 1.5 litro contido na primeira linha da Prêmio abriu espaço para ainda mais vigor.

1987 –  Mais esportividade

Faixas laterais, rodas esportivas, tampa traseira em preto e cintos vermelhos marcaram o visual do Uno 1.5R, versão esportiva do modelo.  O motor também era diferenciado, gerava 86 cv e a velocidade máxima era de 162 km/h, a maior de todos os Fiat até então. A aceleração também chamava atenção: de 0 a 100 km/h em 12 segundos, bem competitiva em relação aos esportivos da época.

O modelo contava ainda com caixa de câmbio com novo escalonamento, pneus especiais, rodas mais largas e freios dianteiros a disco ventilado.  Além disso, a suspensão foi endurecida por barras estabilizadoras e amortecedores mais firmes, o que aumentou a segurança, dirigibilidade e conforto. Dois anos depois, ganhou mais cilindrada na versão 1.6 R e em 1992, chegou o Uno 1.5 i.e, que recebia a tecnológica injeção monoponto digital e integrada à ignição, que atendia às novas normas de emissões de poluentes.

1988 –  Surge o Uno Furgão

Quatro anos depois do lançamento do Uno, que já era um sucesso, a Fiat decidiu ampliar as opções para o mercado e lançou o Uno Furgão, versão comercial do modelo. Sem bancos e revestimentos traseiros, trazia no lugar dos vidros placas metálicas pintadas para a adaptação do modelo de passageiros ao emprego utilitário. Assim, tinha amplo espaço destinado a cargas e uma capacidade 1.300 litros. No entanto, mantinha as formas originais do Uno. Um sucesso que gerou outro sucesso: o outro furgão da família – o Fiat Fiorino que tem brilhante desempenho até os dias atuais, sendo líder do segmento.

1990 – O icônico Fiat Uno Mille e o seu progresso

De uma análise do mercado e das reais necessidades do consumidor, a Fiat desenvolveu um veículo inesquecível e que marcou gerações. O modelo passou a bater até os seus próprios recordes de vendas. Fruto de um projeto revolucionário, a nova versão do Uno recebeu o nome de Mille – mil em italiano em referência ao motor de 1.000 cm³ de cilindrada. Foi concebido para ser prático, econômico e o mais barato do Brasil e, de fato, cumpriu.

Já no primeiro ano foram vendidas 100 mil unidades, êxito que continuou durante a década de 90, o que consolidou a Fiat na posição de grande líder do mercado de carros 1.0. Consumo e preço baixo se tornaram características do modelo. Além disso, o primeiro carro mil do Brasil oferecia ao consumidor uma opção inteligente. O interior era bem acabado com colunas revestidas  o centro dos bancos em tecidos, o que facilitava na ventilação. O Mille trouxe uma evolução técnica importante; braços tensores para o posicionamento das rodas dianteiras, tarefa que antes cabia a  barra estabilizadora. Isso assegurava geometria e constante e mesmo sob aceleração máxima e melhorava a precisão. No ano seguinte, a série especial Brio vinha com carburador duplo e 54cv. Além disso, a linha de 1991 também teve mudanças.  A gama recebeu uma frente remodelada, com faróis e grade de perfil mais baixo, inspirados na versão italiana do modelo, e a suspensão dianteira trazia dois braços tensores longitudinais.

1992 – Fiat Uno Eletronic

Nascia o Uno com ignição eletrônica mapeada, o que possibilitava uma melhor dirigibilidade, sem comprometer o consumo. Mais ágil e com motor de 56 cv, também foi o primeiro veículo do segmento a apresentar uma versão quatro portas e a oferecer ar-condicionado, popularizando itens antes só encontrados em carros de luxo. Mais uma vez a Fiat apresentava novidades aos brasileiros.

1994 – Chega o Mille de luxo

Nesse ano foi lançado mais um membro muito importante para a família Uno: o ELX, um Mille de luxo. Pensado para quem queria um carro urbano, mas com equipamentos e acabamentos mais sofisticados e requintados, adicionava itens de conforto, como controle elétrico dos vidros dianteiros e trava central das portas. Também adotava frente e painel das versões top de linha do Uno.  No ano seguinte, evoluiu para a versão EP, que tinha injeção eletrônica, o que deixava o motor mais potente e progressivo. Trazia também lanternas em tom fumê e novas rodas de alumínio. Além disso, alarme e travamento das portas comandadas a distância eram opções inéditas no Mille.

1994 – O primeiro turbo

Em fevereiro de 1994, a Fiat mais uma vez revolucionou o mercado brasileiro com o Uno Turbo. Pela primeira vez na história, um carro de passeio saía de fábrica com turbo compressor. Com desempenho invejável, acelerava de 0 a 100 km em 9,2 segundos e a velocidade máxima era de 195 km/h, algo totalmente inovador na época. Também tinha resfriador de ar para aumentar a eficiência do turbo e radiador de óleo a fim de manter a temperatura do lubrificante em níveis seguros.

Outra novidade lançada pela Fiat era o programa Mille on Line, estabelecendo um novo parâmetro de relacionamento com o cliente. A empresa foi pioneira do setor neste serviço de encomenda de carro, permitindo a escolha da versão, cor e opcionais, informando ainda o dia certo de entrega e o valor do veículo.

Anos 2000 – Começo de uma nova era

O Fiat Uno chegou ao novo século com uma bagagem de conquistas. Com a marca de mais 1,2 milhão de unidades comercializadas, foi um dos carros mais vendidos da década anterior, o que consolidou a Fiat como grande líder do mercado de carros 1.0. Os ótimos resultados contribuíram para que o modelo evoluísse cada vez mais, mas sem perder a identidade, continuando a corresponder às expectativas do mercado e se adequando as preferências do consumidor brasileiro.

O  modelo de melhor custo-benefício do país chegou a 2001 com uma opção nova de motor, o Fire 1.0l e oito válvulas, que era moderno e otimizado, pois vinha com avanços na diminuição de atritos internos.  Com potência para 55 cv, o destaque do Mille Fire era a economia de combustível. Além disso, algumas alterações estéticas: grade frontal, calotas e direção com o logotipo comemorativa dos cem anos da Fiat.

Ao completar 20 anos no mercado nacional, em 2004, o queridinho dos brasileiros passou uma repaginada no visual, ganhou um estilo mais renovado e interior moderno. Uma reestilização profunda, as maiores mudanças de sua história. A frente foi remodelada, com faróis de superfície complexa, sendo mais eficientes e uma ampla grade que o deixava com aspecto robusto. Na traseira vinham lanternas redesenhadas, que aumentaram a segurança ao permitir uma melhor visualização pelos demais motoristas. O interior também tinha novidades como controle de vidros elétricos, rádio/toca-CDs e direção assistida, que poderiam ser adicionados nas concessionárias. Além disso, vinha com o novo logo da Fiat, redondo e com o fundo azul.

Em 2008, a Fiat conseguiu alcançar o que parecia improvável: deixar o Mille ainda mais econômico. Assim, como o próprio nome já diz, foi lançando o Mille Economy, com novas tecnologias para poupar combustível.  Os aprimoramentos técnicos e intervenções no motor, câmbio e suspenção atingiram o objetivo de deixar consumo em média 10% menor do que sua versão anterior.

2010 – O novo Fiat Uno

Então foi a vez da segunda geração do Fiat Uno fazer uma nova história de sucesso. Atributos para isso não faltavam. O modelo chegou para lançar mais um sopro de modernidade no mercado dos carros pequenos brasileiros. Ousado nos conceitos e nas linhas, chegou para redefinir o segmento dos automóveis compactos.

Mesmo com inúmeras inovações, o Novo Uno mantinha as características que tornaram o modelo um sucesso. No desenho, adotava o tema do quadrado arredondado, que remetia ao uno original, porém atualizado para o século XXI. A carroceria mais rígida oferecia amplo espaço interno, uma tradição do modelo. Por trás do visual moderno, também tinha uma máquina equivalente. A nova versão marcou a estreia de dois novos motores – o Fire 1.0 Evo e o Fire 1.4 Evo, ambos Flex – atribuídos a modernas tecnologias para garantir economia de combustível e baixo nível de emissões.

O novo Fiat Uno tinha quatro versões de acabamento. Em todas, o consumidor encontrava um automóvel moderno, arrojado, com excelentes motorizações e muita personalidade. São elas (todas com 4 portas): Uno Vivace 1.0 Flex, Uno Way 1.0 Flex, Uno Attractive 1.4 Flex e Uno Way 1.4 Flex. Além disso, oferecia múltiplas opções de personalização, tanto de elementos visuais quanto de itens de conveniência.

Com tantos atrativos, o Novo Uno logo foi sucesso de público e mídia, o que levou a encher a salas de troféus da Fiat. Isso porque ganhou diversas premiações já no primeiro ano, que só comprovaram a excelência do modelo. Ele foi considerado o “Carro do Ano 2011” e “Carro do Ano 2011 pelo voto popular”, da revista Auto Esporte; “Melhor Carro Imprensa Automotiva”, “Melhor Carro Nacional” e “Melhor Carro Popular”, pela Abiauto (Associação Brasileira da Imprensa Automotiva); “Melhor carro até 1.000cc” e “Melhor Carro de 1.000 a 1.599cc”, pelo prêmio Top Car TV; “Melhor Carro Nacional”, pelo prêmio CAR Awards 2011 da revista Car Magazine e “10 Best 2011”, da revista Car and Driver.

2013 – Uma despedida

Em 2013, foi apresentada a série especial Grazie Mille, com tiragem limitada a 2 mil unidades numeradas do modelo. Exclusiva, oferecia requinte, conforto e a nova a cor Verde Saquarema, desenvolvida especialmente para esta série. A série marcou a despedida do Fiat Uno com a aparência mais quadradinha, com a qual ficou conhecido pelos brasileiros desde que chegou ao mercado.

2016 – Tecnologia e novo visual

Mantendo a tradição de sempre se reinventar, em 2016 o Fiat Uno chegou com renovação nas linhas externas e foi escolhido para o lançamento da nova e avançada família de motores FireFly, que hoje também equipam os Fiat Cronos e Argo. Importantes tecnologias como Controle de Tração (TC), estabilidade (ESC) e assistente de partida em rampas colocaram o Novo Uno como um dos carros mais seguros e modernos de seu segmento.

2019 – A atualidade

Com tantas histórias e 35 anos no mercado brasileiro, o Fiat Uno chega em 2019 com números impressionantes. Apesar do tempo, segue em ótima forma e boa atuação no mercado, o que pode ser comprovado com o fato de ter sido o veículo compacto com maior crescimento de vendas no Brasil no primeiro semestre de 2019: 101,3% a mais em relação ao mesmo período de 2018 (9.573 unidades comercializadas de janeiro a junho de 2019 em relação a 4.755 no mesmo período do ano anterior).

Versátil, com evolução constante e soluções inteligentes, a atual gama conta com quatro versões: Attractive 1.0 (R$ 46.490), que possui um perfil democrático e ótimo acabamento; Drive 1.0 (R$ 47.990) com destaque para o motor Firefly e pela direção elétrica com função City, oferece dirigibilidade e conforto; Way 1.0 (R$ 49.990) que é a mais robusta e Way 1.3 (R$ 53.990), que, devido ao motor FireFly 1.3, garante performance extra, mas sem abrir mão da economia de combustível.

O Fiat Uno oferece comodidade em todas as opções, sendo que desde a versão de entrada o modelo já traz de série itens como direção hidráulica, ar-condicionado, Drive by Wire (Controle eletrônico da aceleração), Follow me Home, HSD (High Safety Drive) – kit com airbag duplo (motorista e passageiro) e ABS com EBD, Lane Change (função auxiliar para acionamento das setas indicando trocas de faixa), faróis com máscara negra e vidros elétricos dianteiros com one touch e antiesmagamento. Tudo isso só ressalta o compromisso da Fiat em atender às necessidades do mercado consumidor oferecendo um excelente custo/benefício.

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