BMW M1: 40 anos de um ícone

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Postado 29 de agosto de 2018 por bisponeto em
Além de ser um dos carros esportivos mais famosos da década de 1970, o BMW M1 é um automóvel fascinante e que ajudou a moldar a BMW M, a divisão de modelos esportivos do BMW Group, como nenhuma outra. Ostentando um potente motor de seis cilindros em linha e um nome impressionante, o BMW M1 tornou-se um veículo importante no mundo automotivo quando estreou em 1978, superando expectativas e tornando-se um ícone sobre quatro rodas. Há quatro décadas, seu design atemporal, combinado a uma tecnologia purista e voltada para as pistas, lançou um feitiço sobre os fãs do automobilismo, e continua a fascinar até hoje.

A gênese

Desde o início, o BMW M1 foi um projeto ambicioso, pois foi o primeiro modelo concebido pela BMW Motorsport GmbH. Originalmente, a intenção era usar o carro no Campeonato Alemão de Automobilismo (Deutsche Rennsport Meisterschaft), considerado o predecessor do Campeonato Alemão de Carros de Turismo (Deutsche Tourenwagen Masters). Mas, devido ao seu longo e complicado período de desenvolvimento e uma mudança no regulamento da categoria, o BMW M1, finalmente, fez sua estreia nas pistas no Campeonato BMW M1 Procar, categoria monomarca especialmente criada pela BMW. Um total de 460 unidades do BMW M1 foram produzidas, entre 1978 e 1981, de forma artesanal, com base em especificações de homologação do Grupo 4 (carros de turismo e rali), e de acordo com os regulamentos da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).

Um projeto de pioneiros

As formas do BMW M1, criado pelo renomado designer italiano Giorgio Giugiaro remontam ao carro-conceito BMW Turbo, projetado pelo francês Paul Bracq. Com o M1, Giugiaro produziu um desenho atemporal e sua carroceria dinâmica ajudou a cimentar seu lugar na história automotiva. Graças à sua impressionante forma aerodinâmica, o M1 conseguiu combinar de forma impressionante a esportividade à estética.

Entre as principais características do visual distintivo do M1 estão os faróis escamoteáveis, a releitura da grade frontal em duplo rim, e as saídas de ar pretas na parte posterior da carroceria. Acima de tudo, no entanto, sua baixa altura, de apenas 1,14 metros, é um dos recursos de design fundamentais do cupê e que lhe permitiu obter um baixo centro de gravidade, favorecendo a transposição de curvas em alta velocidade.

Tecnologia fascinante

Os autênticos atributos de desempenho do motor do BMW M1 permanecem evidentes até hoje. O bloco à gasolina, de seis cilindros em linha, da versão de rua oferece 277 cavalos de potência e gera um torque máximo de 330 Nm. Ele extrai essa potência de 3,5 litros de deslocamento. Suas quatro válvulas por cilindro, que funcionam em conjunto com uma injeção mecânica, estavam muito à frente de seu tempo, enquanto sua impressionante velocidade máxima de 265 km/h fez do BMW M1 o carro esportivo alemão mais rápido de sua época. O som cativante característico do motor de seis cilindros, aspirado naturalmente, faz com que os proprietários e pilotos de corrida continuem a dirigir o BMW M1 com grande entusiasmo até hoje.

A leveza é prata, a dirigibilidade, ouro

O peso do BMW M1 era de apenas 1.300 quilos, e, combinado à distribuição de peso ideal (50:50) por meio da posição central do motor, elevou o cupê a excelentes características de dirigibilidade. O motor deste carro de alta performance – conhecido internamente pelo código M88 – alcançou sucesso durante muito tempo. No início dos anos 1980, ele serviu de base para os motores usados no BMW M635i e no primeiro BMW M5.

Carro esportivo emocionante

Devido ao seu conceito e design, o BMW M1 foi otimizado para os desafios das pistas de corrida. Ao mesmo tempo, este bólido excepcional também dominava todos os requisitos exigidos para um veículo de rua.

A Série Procar como prova de fogo

Entre 1979 e 1980, o Campeonato BMW M1 Procar foi uma das competições automobilísticas mais espetaculares do automobilismo mundial. As corridas eram disputadas como prova preliminar das etapas europeias da Fórmula 1 alcançando grande sucesso de público. Os cinco pilotos de F1 mais rápidos nos treinos dos respectivos GPs garantiam o direito de participar do grid da Procar e corriam com M1s idênticos contra pilotos de outras categorias e aspirantes promissores. Além de mostrar todo o seu desempenho nesta categoria, os BMW M1 Procar também competiam em provas de alta resistência e outros diversos campeonatos nacionais entre 1979 e 1986.

Desempenho elevado para as pistas de corrida

Externamente, a versão Procar do BMW M1 diferia do modelo de rua graças ao seu grande spoiler traseiro, aos para-lamas distintamente alargados e ao spoiler dianteiro modificado. O motor era baseado na versão de produção, mas com ainda mais potência – 470 cv. O M1 Procar acelera de 0 (zero) a 100 km/h em 4,5 segundos e pode atingir velocidades de até 310 km/h. Mais tarde, quando o M1 foi desenvolvido de acordo com o regulamento do Grupo 5 (carros de turismo especiais), o motor à gasolina, de seis cilindros em linha ganhou turbo, proporcionando potências entre 850 cv e 950 cv.

BMW M1 Procar como um Art Car

Uma versão da BMW M1 Procar, que apresentava um design exterior assinado pelo artista americano de Pop Art, Andy Warhol, alcançou enorme popularidade na década de 1970. Ele deu continuidade à tradição dos BMW Art Cars e é um dos automóveis mais valiosos da BMW M de todos os tempos. Curiosamente, o M1 Procar decorado por Warhol chegou a disputar as 24 Horas de Le Mans de 1979.

BMW M1 Hommage

Para marcar o 30º aniversário do BMW M1, em abril de 2008, a BMW apresentou o carro-conceito BMW M1 Hommage. Muitos detalhes de design deste modelo, de cor vermelho-fogo, foram aplicados em modelos da marca, entre eles o esportivo híbrido BMW i8.

 

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