Vendas de carros importados caem

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Postado 15 de outubro de 2012 por bisponeto em
De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores, as empresas filiadas à Abeiva encerraram o mês de setembro com 9.042 unidades emplacadas, apresentando queda de 24,5% ante agosto, quando registrou 11.975 unidades. Se comparado a igual período do ano passado, no entanto, a queda é de 59,9%, a mais elevada do ano. Em setembro de 2011, a Abeiva emplacou 22.569 unidades.

Com 102.727 unidades, as associadas à Abeiva também amargam queda de 32,4% nos primeiros nove meses do ano, ante as 151.853 unidades em igual período de 2011, enquanto o mercado interno registrou alta de 5,5%. Foram emplacadas 2.667.347 unidades este ano contra 2.527.469 veículos emplacados de janeiro a setembro do ano passado.
Ao analisar o comportamento de vendas, isoladamente do mês de setembro ante agosto, enquanto as associadas à Abeiva registraram baixa de 24,5%, o mercado interno caiu 31,5%.

Mas, na comparação de iguais períodos de 2012 e 2011, enquanto os importados caíram 59,9%, o mercado nacional sustentou ligeira queda de 5,5%. “Com isso, o comportamento do mercado brasileiro por dados de market share nos mostra que o desempenho da Abeiva em setembro foi de 3,26% ante 7,69% em setembro de 2011. Ao comparar os totais do acumulado de 2012 e 2011, o nosso market share caiu de 6,01% para 3,85%”, argumenta Flavio Padovan, presidente da entidade.

A possibilidade de se habilitar ao programa Inovar Auto, regulamentado por meio do decreto 7.819, publicado no dia 3 de outubro no Diário Oficial da União, atende parcialmente às expectativas da Abeiva entidade que representa 29 marcas sem fábrica no País.“Temos de reconhecer que o programa Inovar Auto é um avanço para o País, que nunca teve uma regulamentação desse porte antes. Ao exigir contrapartidas de investimentos em pesquisa, desenvolvimento, engenharia e capacitação de fornecedores, o Decreto 7.819 sem dúvida significa uma importante definição de política industrial ao polo automotivo brasileiro rumo à competitividade internacional”, avalia Padovan.

“No entanto, a diversidade de empresas dentro da Abeiva mostra que ainda não são todas as empresas que vêem vantagens com o Inovar Auto para suas operações futuras. Para algumas empresas, o teto máximo de 4.800 unidades por ano é visto como uma ação paliativa e as demais exigências, um obstáculo de crescimento”. Lembra Flavio Padovan, que por cinco anos – de 2013 a 2017 – o setor de importação de veículos automotores estará em posição de absoluta desigualdade em relação aos considerados produtos nacionais, do Mercosul e do México.

“Ressalto ainda que já perdemos o ano de 2012, que foi um desastre para o setor – que possuia uma rede de 882 concessionárias e contava com 35.000 trabalhadores – hoje conta com 737 concessionárias e emprega 25 mil trabalhadores brasileiros. Mais de 10.000 trabalhadores perderam seus empregos. E esse quadro pode piorar ainda mais, pode reduzir ainda mais os seus quadros e negócios”.  E quem mais perde com isso é o consumidor brasileiro”, conclui Padovan.

 

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