Motos: Vendas caem no 1º Semestre

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Postado 10 de julho de 2012 por bisponeto em
Afetado pela dificuldade na liberação de crédito, segmento desenvolve estratégias para melhorar a qualidade de elaboração das fichas de financiamento e minimizar perdas para o ano. O segmento de motocicletas, que levou três longos anos para se recuperar da crise econômica mundial de 2008,  volta a apresentar duras quedas em vendas e produção.

De acordo com dados divulgados pela Abraciclo (Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares), no primeiro semestre deste ano foram comercializadas 897.252 unidades ao mercado interno (atacado), baixa de 13% em relação ao mesmo período do ano passado. No comparativo com maio de 2012, a retração de junho foi de 8,2%, com a venda de 138.835 unidades, ante 151.316 do mês anterior. A diminuição na comercialização afeta, consecutivamente, a produção de motocicletas.

Em junho, de acordo com a Abraciclo, foram fabricados 140.920 veículos, um recuo de expressivos 18% em comparação com maio. No acumulado do ano, com 967.901 unidades produzidas no período, a retração foi na base de 10%, em comparação com os seis primeiros meses do ano passado (1.078.761).

Por sua vez, os números que traduzem a real quantidade de novas motocicletas em circulação nas ruas, com 123.946 unidades emplacadas no mês, apresentam queda de 17% em relação a maio, e de 23% em comparação com o mesmo mês do ano anterior (161.766). No acumulado do ano, a baixa fica em 8% – 848.530 ante 918.137 em 2011.Ainda de acordo com  a Abraciclo, o principal fator responsável pela crise vivida pelo setor é a maior seletividade e rigor enfrentado pelos consumidores para a liberação de crédito.

“O comprador de motocicletas é, em sua grande maioria, das classes C, D e E, muitas vezes com dificuldades para a comprovação de renda. O alto índice de exigências e maior rigor imposto no fim do ano passado pelas financiadoras na aprovação das fichas faz com que apenas 20% dos consumidores aptos a arcar com o financiamento consigam a liberação do crédito. Os outros 80% são recusados e têm a compra vetada”, conta Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo, que ressalta que estão excluídos dessa amostragem os consumidores que não possuem o valor da entrada (antes dispensada e atualmente estabelecida como em 20% do total) ou das parcelas – reduzidas de 48 para um máximo de 36.

“Se conseguirmos que 40% das fichas sejam aprovadas, já representaria o dobro de comercializações fechadas”, afirma Fermanian. “Ainda assim, o perfil padrão do comprador de motocicleta sofre diretamente o impacto da seletividade, pois as condições atuais de financiamento, com entrada de 20% e parcelas reduzidas, dificultam por si só, as vendas. A Abraciclo tem atuado junto aos bancos privados e redes de distribuição para melhorar as condições de aprovação dos financiamentos. Nossas associadas estão desenvolvendo estratégias para melhorar a qualidade de elaboração e preenchimento das propostas, buscando uma diminuição na recusa das mesmas, muitas vezes desencadeada por falhas e erros simples, como o não preenchimento de alguns dados, além de trabalharmos em ações para fornecer maior segurança para as financiadoras”, conclui Fermanian

Com 35 anos de história e 12 associadas, a ABRACICLO – Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – representa, no País, os interesses dos fabricantes de transporte em Duas Rodas, além de investir fortemente em ações que tenham por objetivo a busca pela paz no trânsito e pilotagem defensiva.

 

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